Viva eu, viva tu!

Ultimamente eu andava incomodada com o fato de que não vinha escrevendo. De jeito nenhum. Não lembro qual foi a última vez que sentei à frente do computador, para produzir um texto para o meu antigo blog. Aliás, eu acho que mudei de blog pelo menos umas três vezes nos últimos três anos. Talvez isso tenha acontecido com a mesma razão pela qual não tenho escrito há pouco mais de um ano: "estou sem muso". Era a minha resposta corriqueira. Mas nos últimos dias percebi o quanto isso estava errado. Se eu não for musa da minha própria vida, o que é que estou fazendo?
A gente escreve sobre os outros, a gente escreve coisas que não são biográficas, a gente imagina para poder escrever. No entanto, notei que minha motivação maior para produzir minhas coisas (crônicas, poemas, canções) normalmente era alicerçada no meu apaixonamento por terceiros. É legal a gente se apaixonar e falar de amor? É uma delícia! Mas falar da gente mesma é amor também... Amor próprio. E se não estiver ele em primeiro lugar, qualquer tipo de amor que venha depois vai ser torto.
Na última madrugada fiquei revirando na cama, pensando em como criar este novo espacinho. Quero pensar em mim, amar a mim, me declarar a mim... E incentivar todo mundo a se amar também. Viva eu, viva tu! Olhar só para dentro pode ser o maior desperdício - alô, Jota Quest! -, mas não fazê-lo também o é.
Sigamos.

♬ Eu Não Paro - Ana Carolina

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