Uma flor é uma rosa, uma rosa é uma flor

@jogueiareguafora

Acho que sempre gostei de rosas. Aos oito anos de idade, escrevi meu primeiro poema, do qual não me lembro de muita coisa. Mas sei que foi sobre uma rosa. Eu já gostava de rosas mesmo antes de sequer sonhar com minha devoção por Santa Teresinha... Das rosas.
Rosas são clichês. A menos que se tenha uma outra flor favorita muito específica, são as rosas que protagonizam os buquês de noivas, decorações de casamentos e bodas... E até de funerais. Estão sempre ali, ordinárias e corriqueiras, sempre que solicitadas, cumprindo com maestria - por vezes despercebida - o seu papel.
Mas gosto especialmente delas e não sei se sei explicar o porquê. São minhas flores preferidas desde que me lembro. Gosto do perfume, do toque aveludado das pétalas e das possibilidades de cores, tão diversas. No entanto, tenho pelas vermelhas, que parecem ainda mais clichês dentre as clichês, um carinho maior. Rosas vermelhas são delicadeza e calor. Um paradoxo que conduz a um equilíbrio que encanta. É como amor e paixão entrelaçados num ideal comum de dois. A combinação perfeita e procurada.
Não posso me esquecer dos espinhos. Vilões que espetam os dedos desavisados que manuseiam as rosas. Ou apenas o que viria a ser um exemplo de auto-preservação. O escudo do que é belo, em busca da própria defesa. Não podemos condenar as rosas pelos seus espinhos, porque também nós temos os nossos.
Às vezes o extraordinário se esconde por trás do óbvio. Ou, às vezes, o óbvio se torna ordinário porque somo insensíveis demais. O que sei é que não importa do quão clichês rotulem as rosas. Meus sentidos seguem cativados por elas. E eu sigo tentando tirar algo que seja aprendizado da sua natureza. E dizendo: "se Deus quiser, quando eu crescer, eu vou ser uma rosa."

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